o acidental filho do trala*

6 de março de 2009

caiu-me um niilista na sopa…

gorda Hoje fui almoçar com aquele teu amigo niilista. Então o que é que vai? Qualquer coisa, é-me absolutamente indiferente. E se fôssemos num bacalhau com todos? Pode ser, ou então frango de churrasco com salada de rúcula. Mas tu sabes o que é rúcula? Não sei, mas também não sei que coisas são bacalhau ou frango ou amizade. Nunca acreditei que a rúcula fosse comestível, como nunca acreditei que o amor me possa um dia entrar pela casa dentro. Se o amor me entrasse pela casa dentro saía a minha mulher. E a minha mulher é a única coisa que realmente existe e está lá dentro de casa e esteve lá ontem e vai estar lá amanhã. A minha mulher é perene como a relva. Meu Deus, como é estável e sólida aquela criatura. Bem, criatura é um modo de dizer porque ela não foi criada. Apareceu já feita na minha vida, eterna, vigorosa, demiúrgica. Vamos numa coisa mais levezinha, meu caro. E que não exista tanto…

(Imagem daqui)

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